Quinta-feira, 7 de Fevereiro de 2008

Flamingos no Seixal

Flamingos

 

O aparecimento de flamingos no estuário do Tejo, e mais especificamente na Baía do Seixal, não é um fenómeno inédito, mas há cerca de sete anos que não se assistia ao aparecimento destas aves migratórias em tão grande número nesta zona.

De acordo com o professor de ciências naturais, Manuel Lima, "antigamente não se encontravam flamingos no Concelho do Seixal, não era uma ave comum nesta zona".

Os flamingos pousaram pela primeira vez nesta baía em 1998, o que poderá justificar-se pela concretização da nova ETAR de Fernão Ferro e da estação elevatória do Porto da Raposa, na Arrentela, o que provocou uma melhoria ambiental e do ecossistema propícias ao aparecimento deste tipo de aves.

Além da Baía, também a Ponte da Fraternidade e os sapais de Corroios, Azinheira e Talaminho têm sido palco do regresso destas aves ao concelho, onde procuram zonas húmidas e ao mesmo tempo ambientalmente correctas.

"Com o abrandamento das indústrias poluentes e construção de estações de tratamento de águas residuais assistimos a uma melhoria sensível da qualidade da água e consequentemente do alimento, a principal razão pela qual os flamingos procuram estes poisos", adiantou à Agência Lusa Manuel Lima.

O facto das marés cheias estarem nesta altura a decorrer por volta do início da tarde tem propiciado o aparecimento dos flamingos junto à Ponte da Fraternidade, o local mais afastado do estuário, visto que estas aves "gostam de poder ter as patas na água".

Daí a procura de locais mais lamacentos e com águas menos fundas, uma forma de procurarem o seu alimento, pequenos crustáceos e algas.

Este ano tem sido de um maior aparecimento dos flamingos na baía, apesar destas aves se encontrarem já em grande número em todo o estuário do Tejo, "entre 6 a oito mil flamingo em toda a zona do estuário".

Alcochete, Montijo, Moita, Barreiro ou até a zona do Parque das Nações e Póvoa de Santa Iria têm sido os locais privilegiados de chegada destas aves, sempre na altura do Outono ou Inverno.

"Na Primavera, procurarão outros poisos, porque os flamingos não nidificam aqui, põem os seus ovos preferencialmente em Málaga, Sul de França e Norte de África", explicou o estudioso da fauna e flora no Concelho do Seixal.

No entanto, na Primavera e Verão, pode-se continuar a ver flamingos, visto que os mais velhos e mais novos, não podendo nidificar, se mantêm por cá. "Ficam os avós a cuidar dos netos", brincou Manuel Lima.

O desaparecimento temporário dos flamingos na Baía do Seixal poderá justificar-se, segundo Manuel Lima, pelo facto de, em 2001, algumas crianças terem perseguido e apedrejado os animais, "tentando vê-los voar, o que poderá ter afastado e ameaçado as aves".

De acordo com o professor, os flamingos poderão ser avistados no concelho do Seixal pelo menos até Fevereiro, altura em que migrarão para pontos mais propícios para porem os seus ovos.

O aumento e desenvolvimento da espécie tem privilegiado bonitos momentos junto à Baía do Seixal, com largas dezenas de pessoas a assistirem ao fenómeno, "que poderá repetir-se nos próximos anos".

"Como a espécie, que está em vias de extinção, tem tido algum crescimento, os flamingos distribuem-se muito mais pelas mais variadas zonas do estuário", justificou Manuel Lima.

Fonte:© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-01-09 14:00:01

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